PGR defende que pedido de investigação contra presidente da CPI do MST seja arquivado
MP argumenta que postagens do deputado Tenente Coronel Zucco sobre atos do dia 8 são alvo em outro procedimento
Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados
A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu na quarta-feira (12), que o Supremo Tribunal Federal (STF) arquive um pedido de investigação contra o deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS). A ação foi movida por suposta participação do político em atos do 8 de janeiro.
Zucco é o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga invasões de terras por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). O caso envolve suspeita de patrocínio e incentivo a atos ilegais no Rio Grande do Sul e em Brasília contra o resultado das eleições de 2022.
O documento da procuradoria é assinado pela vice-PGR, Lindôra Araújo, e foi apresentado à Corte após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de enviar o caso ao Ministério Público.
Segundo a PGR, postagens do parlamentar já são alvo de uma outra apuração que também tramita na Corte em segredo de Justiça.
Neste procedimento, são analisados os bloqueios de caminhoneiros em rodovias brasileiras após as eleições do ano passado.
No documento, Lindôra afirma que contas nas redes sociais atribuídas ao parlamentar chegaram a ser bloqueadas no âmbito desta investigação, no fim de 2022. Segundo ela, as postagens que são alvos da apuração encaminhada pelo TRF-4 já são analisadas por este procedimento, que tramita no STF.
"Desse modo, não há razão para a continuidade desta investigação, vez que o seu suporte fático e probatório já é objeto da petição", completou.