Política

PGR investiga suposto uso de dinheiro público em manifestações

Donos de canais nas redes sociais são investigados por suposto lucro em divulgações de atos

Por Da Redação
Ás

PGR investiga suposto uso de dinheiro público em manifestações

Foto: Divulgação

A Procuradoria-Geral da República (PGR) segue com duas linhas de investigação no inquérito que apura supostas irregularidades em manifestações. Na primeira, relacionada ao suposto financiamento de ataques a instituições, como o Supremo Tribunal Federal  (STF) e o Congresso Nacional, a Procuradoria apura se parlamentares usaram verba pública para patrocinar a produção de conteúdo ofensivo e também dar suporte às manifestações.  

Em outra frente, a PGR suspeita que pessoas responsáveis por canais nas redes sociais lucraram mais de R$ 100 mil com a divulgação de atos. Segundo a PGR, há indícios de que os investigados disseminaram “mensagens apelativas” em redes sociais em busca de dinheiro. Com isso, podem ter lucrado mais de R$ 100 mil.

“A suspeita é que parlamentares, empresários e donos de sites atuam em conjunto e de forma orquestrada”, afirmou o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques, no pedido de diligências enviado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no STF.

Quatro deputados federais do PSL estão no radar da PGR por repasses de valores à Inclutech, empresa de Tecnologia da Informação. De acordo com a Folha de SP, os quatro usaram a cota parlamentar a que têm direito em razão do exercício da atividade legislativa para transferir R$ 58,1 mil para a empresa neste ano.

A Inclutech tem como um dos sócios Sérgio Lima, marqueteiro do Aliança do Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro está montando. Na semana passada, a empresa foi alvo de um dos mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal por determinação do ministro Alexandre de Moraes.

Ainda segundo o inquérito, em outra linha de apuração, alguns sites podem ter lucrado com a transmissão de atos que tiveram a participação do presidente. No YouTube, o vídeo da participação de Bolsonaro no ato de 19 de abril, dia do Exército, pode ter rendido, segundo a PGR, lucro US$ 7,55 mil e US$ 18 mil. A manifestação, em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, pedia intervenção militar e o fechamento do Congresso e do STF. O inquérito aponta que, com a transmissão, o canal “Foco do Brasil” teve 1,5 milhão de visualizações.

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