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Economia

PIB do 1º trimestre deve levar a revisões para acima de 2%, afirma Presidente do Banco Central

Segundo Campos Netos, inflação deve ser negativa em junho

Por Da Redação, Agência Brasil
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PIB do 1º trimestre deve levar a revisões para acima de 2%, afirma Presidente do Banco Central

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o inesperado bom desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) nos primeiros três meses do ano deve levar a revisões para o crescimento da economia deste ano para perto ou mesmo um nível superior a 2%. A declaração foi dada nesta segunda-feira (12) durante um evento promovido pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV).

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em 1º de junho, o PIB somou R$ 2,6 trilhões no primeiro trimestre de 2023, apresentando um crescimento de 1,9% quando comparado com os três meses anteriores. Se comparar com o mesmo período de 2022, a alta deste ano foi de 4%. 

Durante o evento desta segunda, Campos Neto citou o crescimento potencial do PIB e ressaltou que a queda da Selic (taxa básica de juros da economia) é uma solução de curto prazo, ressaltando a importância de olhar para o crescimento potencial no longo prazo.

“A percepção do mercado é de que a taxa de juro neutro subiu de 3,0% para 4,5% na comparação com 2021. Por outro lado, a percepção de crescimento estrutural caiu de 2,0% para 1,6%”, detalhou o presidente do Banco Central. 

Para Campos Neto, a queda do crescimento potencial na visão dos analistas é a dinâmica da dívida. “Eu, pessoalmente, acho 1,6% muito baixo. Acho que o crescimento potencial é maior que esse”, destacou. 

“Vamos fazer questionários também com economia real, com as empresas, para fazer uma comparação com os economistas do mercado. Em outros países, as empresas são mais pessimistas para crescimento e inflação”, concluiu. 

Inflação deve ser negativa em junho

O presidente do Banco Central disse, durante o evento desta segunda, que a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) poderá ficar negativa em junho e subir no segundo semestre. Campos Neto afirmou ainda que o índice deverá terminar o ano com melhora em relação às previsões iniciais.

“Vai ter meses [com o IPCA] entre 0,4% e 0,5% no fim do ano, o que vai fazer com que a inflação no ano fique mais ou menos entre 4,5% e 5%, mais perto de 4,5%. Isso é uma melhora em relação ao que esperávamos, mas uma melhora lenta”, declarou Campos Neto.

Na edição mais recente do Relatório de Inflação, divulgada em março, a autoridade monetária previa que o IPCA encerraria o ano em 5,8%. A edição desta segunda-feira do Boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras feita pelo BC, aponta expectativa de 5,42% para o IPCA neste ano.

Segundo Campos Neto, a queda no preço das commodities (bens primários com cotação internacional) tem contribuído para segurar a inflação. Ele, no entanto, advertiu que a média dos núcleos de inflação (que exclui os preços com maior volatilidade) está caindo de forma mais lenta e continua mais alta que os índices finais.

“A gente ainda está com média de núcleos de 6,7%. A inflação no Brasil está bem menor que nos países avançados pela primeira vez na história. Isso significa que a gente tem um trabalho que foi feito que teve eficácia e que tem alguns itens na inflação mais voláteis que contribuíram positivamente”, disse o presidente do BC.

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