Pilotos denunciaram torres na região do acidente que matou Marília Mendonça
Relatos oficiais constam no sistema público do Departamento de Controle Espaço Aéreo, da Aeronáutica
Foto: Reprodução
Nos últimos três meses, dois pilotos fizeram notificações no sistema oficial da Aeronáutica alertando sobre os riscos de antena e torre de energia, sem iluminação, próximo ao aeródromo de Caratinga (MG). Os relatos oficiais constam no sistema público do Departamento de Controle Espaço Aéreo (DECEA), da Aeronáutica.
O local é o mesmo para onde iria o avião que levava a cantora Marília Mendonça, que morreu após um acidente aéreo nesta sexta-feira (5).
Em nota, a Companhia energética de Minas Gerais (Cemig) informou, que o avião em que estava Marília Mendonça se chocou com fios de alta tensão na região próxima onde ele caiu. Testemunhas confirmaram ter visto o choque.
Os relatos dos pilotos foram feitos no quadro de avisos aos aeronavegantes, o chamado Notam, que é um documento para divulgar, de forma antecipada, informação de interesse direto e imediato à segurança, regularidade e eficiência da navegação.
A primeira notificação, de 6 de julho, cita que há um obstáculo (antena). A segunda notificação, de 13 de setembro, também cita "obstáculo montado (torre)".
Segundo o UOL, uma fonte da área aeronáutica informou que essas notificações deveriam subsidiar uma interdição do aeródromo onde o avião com Marília Mendonça deveria pousar.
As causas da queda do avião ainda serão investigadas pelo Seripa 3-Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, que vai emitir um relatório apontando o motivo do acidente.