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Economia

Pix: modalidades de saque e troco em estabelecimentos gera nova disputa entre bancos

As ferramentas foram lançadas em dezembro de 2021 e já somaram R$ 41,1 milhões em 290 mil operações

Por Da Redação
Ás

Pix: modalidades de saque e troco em estabelecimentos gera nova disputa entre bancos

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

As novas modalidades do Pix, divididas em 'Pix Saque' e 'Pix Troco', já estão sendo aderidas por uma grande quantidade de estabelecimentos brasileiros. As atualizações  permitem que consumidores obtenham dinheiro em espécie em estabelecimentos comerciais em vez de ficar procurando um caixa eletrônico de banco. As operações estão crescendo não apenas nos negócios de Almeida, mas em todo o país, segundo dados do Banco Central (BC). 

As novas ferramentas foram lançadas em dezembro de 2021 e já somaram R$ 41,1 milhões em 290 mil operações em quatro meses. No primeiro mês de operação, em março, foi registrado o valor de R$ 17,7 milhões.

De acordo com técnicos do BC As duas modalidades são convenientes para consumidores e de fácil adesão para os lojistas, que podem usar as facilidades para atrair clientes e ainda ganhar com as taxas pagas pelos bancos. A novidade renova a disputa entre bancos e fintechs (as start-ups financeiras) pelas contas dos empreendedores.

O ponto principal das novas funções é a possibilidade de tornar qualquer caixa registradora de loja um caixa eletrônico. No entanto, eles também ampliam a integração de pequenos negócios ao Pix e começam a provocar mudanças no sistema financeiro. 

Assim como ocorre no saque em caixas eletrônicos, os clientes têm direito a oito retiradas por Pix Saque e Troco por mês sem tarifa. Mas, de qualquer maneira, os bancos de quem saca pagam uma taxa aos estabelecimentos comerciais pelo serviço. Varia de R$ 0,25 a R$ 1 por retirada, depende das condições oferecidas pela instituição intermediária ao comerciante

Instituições financeiras de todos os portes se preparam para uma nova “guerra” pelas contas das empresas, tendo gestão integrada do Pix e remuneração das operações como novas armas para tirar clientes pessoas jurídicas dos concorrentes.

Para oferecer Pix Saque e Troco no estabelecimento, o empresário precisa de outro intermediário — e por enquanto, só seis bancos estão habilitados no país para este papel. Assim, a popularização das modalidades de saque do Pix pode gerar um movimento de “leilão” dos bancos pelos clientes pessoas jurídicas centrado no repasse das taxas em cada operação.

Leandro Vilain, diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Febraban, afirma que apesar da concentração bancária no país, a concorrência está acirrada, e não é diferente com o Pix. “Não é à toa que o sistema bancário (brasileiro) é um dos mais modernos do mundo em termos de tecnologia.”.

Luis Miguel Santacreu, analista da Austin Ratings, observou que as modalidades de saque do Pix são uma forma barata de os bancos agradarem às pessoas físicas, que têm que vincular suas chaves a uma instituição para usar o Pix.

“Cada vez menos as pessoas estão indo para agências, e a pandemia acelerou um processo já em curso. É custoso para os bancos terem um número enorme de agências, gastando com transporte de numerário, e isso abre uma janela de outras oportunidades. O BC olha para a digitalização das operações, e os bancos estão embarcando nisso para economizar nos custos", finalizou.

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