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Polícia americana pratica discriminação racial e uso excessivo da força, aponta relatório

Documento levou dois anos para ficar pronto nos EUA

Por Da Redação
Ás

Polícia americana pratica discriminação racial e uso excessivo da força, aponta relatório

Foto: Reprodução

A polícia de Minneapolis, no estado de Minnesota, tem praticado discriminação contra negros e nativos norte-americanos, fazendo uso excessivo da força durante suas abordagens, segundo relatório divulgado pelo governo dos Estados Unidos na sexta-feira (16). Essa é a principal conclusão de uma investigação de dois anos realizada pelo Departamento de Justiça dos EUA, que foi iniciada após a condenação de um ex-policial pela morte de George Floyd, um cidadão negro, em maio de 2020.  

O trágico incidente, que foi registrado em vídeo e se tornou viral ao redor do mundo, desencadeou uma histórica onda de protestos em todo o país e provocou debates sobre o tratamento dispensado pela polícia a cidadãos negros. A investigação do governo norte-americano identificou uma série de condutas inadequadas, incluindo "discriminação, uso injustificado de força letal e violações dos direitos civis", que se tornaram um "padrão" no departamento de polícia da cidade. Como resultado dessa conclusão, foram recomendadas 28 medidas corretivas.

Após a divulgação do relatório, o governo local anunciou que vai negociar com a Justiça uma reforma no Departamento de Polícia de Minneapolis, que será supervisionada por um juiz federal.

A investigação foi iniciada em abril de 2021, logo após o ex-policial Derek Chauvin ser formalmente acusado pelo assassinato de George Floyd. Chauvin é o policial que, por mais de nove minutos, pressionou o joelho sobre a cabeça de Floyd, que estava algemado. Durante esse tempo, Floyd repetidamente afirmou não conseguir respirar.

Em 2022, Chauvin foi condenado a mais de 20 anos de prisão pelo assassinato.

O procurador-geral Merrick Garland afirmou que os policiais frequentemente negligenciam a segurança das pessoas sob sua custódia, mencionando diversas situações em que indivíduos sob custódia reclamaram de falta de ar, enquanto os policiais respondiam com a frase: "Você está respirando. Você está falando agora".

O relatório também incluiu alegações de que a polícia "utilizou técnicas e armas perigosas contra pessoas que cometeram, no máximo, delitos insignificantes e, às vezes, nenhum delito". Além disso, foi constatado que a polícia "patrulhava os bairros de forma diferenciada com base em sua composição racial e discriminava com base na raça ao realizar revistas, algemar ou utilizar força durante as abordagens", conforme afirmou o relatório.

Garland também destacou que a investigação revelou que Chauvin, o policial acusado pela morte de Floyd, utilizou força excessiva em outras ocasiões, enquanto outros policiais ficavam parados sem intervir.

As conclusões do relatório foram baseadas em análise de documentos e registros de incidentes, observação de vídeos das câmeras corporais dos policiais, dados fornecidos pela prefeitura e polícia, além de passeios e conversas com policiais, moradores e outras partes envolvidas, conforme indicado no relatório.

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