Polícia Federal cumpre mandado de busca e apreensão na casa de Mauro Cid
Cid foi detido enquanto prestava depoimento no STF
Foto: Agência Brasil/Antonio Cruz
A Polícia Federal (PF) cumpre mandado de busca e apreensão na casa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na tarde desta sexta-feira (22). Mais cedo, o militar foi preso por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Cid foi detido enquanto prestava depoimento no Supremo por descumprimento de medidas cautelares e obstrução à Justiça. O ex-assessor direto de Bolsonaro foi convocado a depor novamente após a revista Veja ter divulgado, na quinta-feira (21), áudios nos quais Cid critica a PF e Moraes.
Nas gravações, Cid acusa Moraes e agentes da Polícia Federal de estarem predispostos a irregularidades ao longo do acordo de colaboração, alegando que os investigadores não estavam interessados na verdade dos fatos.
Cid já havia sido preso anteriormente em maio de 2023, durante uma operação que investigava a falsificação de cartões de vacinação de Bolsonaro, seus familiares e assessores. Após seis meses de detenção, ele fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, o qual foi homologado por Alexandre de Moraes, resultando em sua libertação.
No decorrer do processo de colaboração, Cid forneceu uma série de depoimentos que contribuíram para as investigações contra o ex-presidente, inclusive sobre uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, visando impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.
Na semana passada, Cid foi indiciado junto com Bolsonaro e outras 15 pessoas pela falsificação de cartões de vacinação, sendo acusado de crimes como falsidade ideológica de documento público, tentativa de inserção de dados falsos em sistema de informações e associação criminosa.
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