Polícia Federal cumpre mandado de buscas contra governador do Amazonas, Wilson Lima
Segundo a PF, há indícios de favorecimento a empresários na construção de hospital de campanha contra Covid

Foto: Reprodução/Amazonas Atual
A Polícia Federal (PF) cumpre nesta quarta-feira (2), 19 mandados de busca e apreensão e 6 de prisão temporária nas cidades de Manaus (AM) e Porto Alegre (RS). A ação investiga irregularidades para a construção do hospital de Campanha Nilton Lins, unidade usada no combate à pandemia no estado do norte do País. O secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, o empresário Nilton Consta Lins Júnior e outras quatro pessoas são alvos de mandado de prisão.
Os agentes também fazem busca na casa do governador Wilson Lima (PSC), na sede do governo do Amazonas, na Secretaria de Saúde, na casa do secretário de saúde Marcellus Campêlo, na casa do dono do Hospital Nilton Lins e no Hospital Nilton Lins. Nesta quarta-feira (9), a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai analisar uma denúncia contra Lima e o vice-governador, Carlos Almeida, por supostas fraudes na compra de respiradores.
As ações são parte da quarta fase da Operação Sangria, que investiga crimes como pertencimento a organização criminosa, fraude a licitação e desvio de recursos públicos. Segundo as investigações, há indícios de que funcionários da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas realizaram contratação fraudulenta para favorecer um grupo de empresários locais para a construção de um hospital de campanha, sob orientação da cúpula do Governo do Estado.
Além disso, a PF aponta que o local não atende às necessidades básicas de assistência à população atingida pela pandemia da Covid-19, bem como coloca em risco de contaminação tanto aos pacientes quanto aos funcionários da unidade de Saúde. Os indiciados poderão responder pelos crimes de fraude à licitação, peculato e pertencimento a organização criminosa e, se condenados, poderão cumprir pena de até 24 anos de reclusão.