Policiais federais pressionam Bolsonaro para impedir corte de R$ 24 milhões
Líder do governo no Congresso ponderou que é necessário alguns 'sacrifícios'
Foto: Reprodução/ Presidência da República/ Carolina Antunes
O governo Jair Bolsonaro sofre pressão de policiais para interferir na Comissão Mista de Orçamento (CMO) após aprovação de um relatório preliminar que visa retirar R$ 23,8 milhões da Polícia Federal do orçamento deste ano. O texto foi proposta pelo relator Márcio Bittar (MDB-AC), e do líder do governo no Congresso Eduardo Gomes (MDB-TO), que explicam que devido à pandemia, é necessário "sacrifícios".
"Todos sabem do compromisso do presidente com as quadro de segurança. O governo ainda vai deixar um legado muito forte. Em uma pandemia, todos temos que fazer algum sacrifício", ponderou Gomes.
Do corte de R$ 24 milhões previstos na PF, R$ 14 milhões seriam para administração de sedes e delegacias. Outros R$ 4,7 milhões ajudariam na manutenção do sistema de emissão de passaporte, controle do tráfego internacional e de registro de estrangeiros, e R$ 2,1 milhões seriam para prevenção e repressão ao tráfico de drogas e crimes praticados contra bens da União.
"O corte proposto é muito prejudicial. É com esse dinheiro que abastecemos viaturas, pagamos recrutamento para operações e mantemos a delegacia funcionando. Isso impactará diretamente a produção", disse Edvanir Paiva, presidente da Associação de Delegados da Polícia Federal (ADPF).
Os policiais, assim como todos os servidores, ficarão sujeitos ao congelamento salarial caso as despesas da União, estados e municípios cheguem a 95% da receita corrente.