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Policiais que escoltavam delator do PCC e suposto atirador não têm ligação, diz corregedor da PM

15 militares foram presos em operação da Corregedoria na manhã desta quinta-feira (16)

Por FolhaPress
Ás

Policiais que escoltavam delator do PCC e suposto atirador não têm ligação, diz corregedor da PM

Foto: Reprodução

Os policiais militares que faziam escolta ilegal para Antônio Vinícius Gritzbach, delator do PCC morto em novembro, não têm ligação com o militar suspeito do assassinato, segundo a Corregedoria.

"Até o momento não temos nenhum indicativo de que os policiais militares da escolta tenham relação com o atirador, por enquanto não temos isso", afirmou o coronel Fábio Sérgio do Amaral, Corregedor da Polícia Militar.

Os 15 militares foram presos em operação da Corregedoria na manhã desta quinta-feira (16). A operação, chamada de Prodotes, cumpriu 15 mandados de prisão e sete mandados de busca e apreensão na capital e na Grande São Paulo.

"A investigação teve início após uma denúncia anônima recebida em março de 2024, apontando possíveis vazamentos de informações sigilosas que favoreciam criminosos ligados à facção", afirmou a Corregedoria.

O policial militar acusado de matar Gritzbach, 38, foi identificado pela investigação como Dênis Antonio Martins. Ele é cabo da PM, mostram registros do portal da transparência estadual.

Martins teve prisão temporária decretada, e os outros 14, prisão preventiva (sem prazo).

Procurada, a defesa do PM afirmou por telefone que todo o posicionamento será feito no processo, por se tratar de um caso em segredo de Justiça.

Martins foi preso segundo o artigo 150 do Código da Penal Militar, organização de militares para prática de violência.

Segundo Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública de São Paulo, o cabo não era investigado, mas o trabalho da Corregedoria em conjunto com o Centro de Inteligência da Polícia Militar, identificou a presença dele na cena do crime.

Foram usadas ferramentas de inteligência, quebra do sigilo telefônico e depoimentos dos policiais.

"Com as imagens, vídeos, e fotos que já tinham e as imagens que foram coletadas pela Corregedoria da Polícia Militar, chegou-se a conclusão então que esse indivíduo é um dos atiradores e, por razão disso, foi solicitada a prisão temporária desse indivíduo que foi preso", afirmou.

Ainda segundo o titular da pasta da segurança, o período de 30 dias da prisão temporária será usado para aumentar a coleta de provas contra ele.

"Essa prisão temporária de 30 dias é o tempo necessário que nós temos também, agora, para robustecer esse corpo probatório e para solicitar a conversão de prisão temporária para prisão preventiva [sem prazo]. O principal deles, é o material genético coletado no dia no assassinato no aeroporto de Guarulhos. Temos materiais genéticos coletados, e agora nós vamos coletar dos indivíduos que foram presos para fazer a comparação", explicou Derrite.

De acordo com o Tribunal de Justiça Militar, Martins deve passar por audiência de custódia na sexta-feira (17) nas dependências do Presídio Militar Romão Gomes, na zona norte de São Paulo.

As apurações descobriram que os 14 militares participavam da escolta ilegal, em turnos, sendo que dois deles eram tenentes. Os dois tenentes não participavam diretamente como seguranças, mas realizavam a função administrativa do grupo, segundo a Corregedoria.

"Um oficial era o chefe que gerenciava a segurança pessoal ilícita do Vinícius. Um outro oficial favorecia alguns policiais militares com a escala, dava folgas para os policiais, fazia intermediação de escalas para os policiais", afirmou o coronel Fábio.

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