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Policial processa Luana Piovani por dizer que PMBA 'trabalha com extermínio'

Comentário foi associado à ação policial que resultou na morte de guia de turismo em Caraíva

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Policial processa Luana Piovani por dizer que PMBA 'trabalha com extermínio'

Foto: Arquivo pessoal | Divulgação

O policial militar Maurício Valverde ingressou com uma ação judicial contra a atriz Luana Piovani por declarações feitas por meio das redes sociais consideradas desrespeitosas à corporação. Em maio, ao comentar sobre a operação policial que resultou na morte do guia de turismo Victor Santana, 28, Piovani afirmou que a PMBA "trabalha com extermínio".

Além disso, a atriz falou sobre câmeras que, segundo moradores de Caraíva, foram destruídas a fim de não produzirem provas contra os policiais.

De acordo com Maurício, o processo não se dá pela crítica à ação policial em si, mas à tentativa de "criminalização da atividade policial".

"Eu acho que todo agente público, ele não só pode receber críticas, como tem que estar sempre disposto a recebê-las ou então ele entrega o cargo público e vai trabalhar anonimamente na iniciativa privada [...] o que nós temos em relação à ação em específico é a criminalização da atividade policial. O meu objetivo com a ação é tão somente salvaguardar a honra e a dignidade do policial militar, do agente de segurança pública, operador de segurança pública da Bahia", destacou Valverde.

Questionado se a decisão de ingressar com uma ação judicial não poderia esbarrar no direito à liberdade de expressão, o policial militar respondeu que não se trata de impedir o direito da atriz de se pronunciar e expressar o seu pensamento, mas de compreender que a internet não é "terra sem lei" onde se pode cometer crimes.

"Eu sou um defensor convicto tanto da liberdade de expressão quanto das liberdades de garantia individuais. Inclusive, no meu pedido, não pedi bloqueio das redes sociais dela nem qualquer tipo de censura. Agora, não podemos permitir que ela simplesmente nos chame de bandido, abertamente, e a gente não tome nenhuma providência por causa disso. Nós não podemos utilizar a liberdade de expressão como escudo para cometer crimes", defendeu.

O Farol da Bahia pediu posicionamento à assessoria de comunicação de Luana Piovani, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto.

Ações de PMs contra artistas

O processo de Maurício Valverde contra Luana Piovani não é um exemplo isolado de agentes da segurança pública que ingressaram com ações judiciais contra artistas. Na Bahia, o cantor Igor Kannário foi condenado, em fevereiro de 2024, a indenizar em R$ 5 mil um policial por danos morais. 

A decisão é referente à agressão verbal cometida durante o Carnaval de Salvador de 2020, quanto o cantor chamou um subtenente da Polícia Militar da Bahia de "bunda mole".

Em 2012, a cantora Rita Lee reclamou de de uma possível violência da polícia contra o público de um show seu e xingou os policiais que estavam na frente do palco. Na ocasião, de acordo com o processo, a cantora também questionou se os PMs estavam “procurando baseado” e disse que “queria fumar um também”. Disse ainda que o público poderia fumar à vontade, pois a PM não iria prender ninguém. A artista chegou a ser detida.

Rita Lee foi condenada ao pagamento de R$ 20 mil ao policial militar a título de indenização por danos morais. 

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