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Policial que matou tesoureiro do PT é indiciado por homicídio duplamente qualificado

Os investigadores descartaram motivação política

Por Da Redação
Ás

Policial que matou tesoureiro do PT é indiciado por homicídio duplamente qualificado

Foto: Reprodução/ web

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) concluiu nesta quinta-feira (14) o inquérito do homicídio do tesoureiro do PT e guarda municipal Marcelo Arruda, morto no fim de semana pelo policial penal federal Jorge Guaranho. O acusado foi indiciado por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e por causar perigo comum). Os investigadores, porém, descartaram motivação política.

O crime ocorreu em Foz do Iguaçu, no Paraná, no último sábado (9). A informação do indiciamento foi divulgada nesta sexta-feira (15), durante entrevista coletiva da Secretaria de Segurança Pública do Paraná e da Polícia Civil.

A delegada Camila Cecconelo, chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, afirmou que um suposto colega de Jorge, em um churrasco, acessou imagens de circuito interno do clube onde ocorria a festa. Jorge José, diretor do clube em que se encontrava Marcelo, perguntou ao colega sobre o local da comemoração. Ele, segundo a polícia, ingeriu bebida alcoólica no churrasco.

Segundo os depoimentos, ele chega ao clube ouvindo uma música relacionada à campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL). Houve uma discussão entre eles. Jorge José foi embora, mas retornou ao local. Então, atirou primeiro contra Marcelo, invadiu a festa e fez mais disparos.

Ao todo foram quatro tiros, sendo que dois atingiram a vítima. Marcelo reagiu com 10 disparos. Quatro acertaram Jorge José.

“Houve uma discussão por questões políticas”, frisou a delegada, destacando que isso não significa motivação política no crime. Segundo a delegada, Marcelo, durante a briga, jogou terra e pedras em Jorge José e em sua família.

“É difícil dizermos que ele matou por a vítima ser petista. Ele teria voltado por se sentir humilhado. Não há provas de que foi um crime de ódio, pelo fato de a vítima ser petista”, continuou a delegada.

Segundo a delegada, para enquadrar juridicamente o caso como crime político, Jorge José teria que ter impedido Marcelo de exercer direitos políticos. “Ele não tinha intenção de atirar, mas sim, de provocar. Os tiros ocorreram após o acirramento da discussão”, explicou.

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