'Por enquanto, ninguém quer acordo', diz Lula sobre guerra da Ucrânia
Em coletiva, presidente atribui a responsabilidade do conflito aos dois países e se coloca a disposição para mediar negociações
Foto: Agência Brasil
Em entrevista a correspondentes internacionais nesta quarta-feira (2), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez declarações sobre a guerra da Ucrânia. Lula manteve a posição de neutralidade e voltou a falar em negociações em prol da resolução desse conflito.
Em seu discurso no Palácio do Planalto, Lula atribuiu aos dois líderes a responsabilidade pela Guerra e destacou a postura irredutível de ambos. "Por enquanto, a gente não tem ouvido nem de Zelensky nem de Putin a ideia de que vamos parar e vamos negociar [...] Enquanto isso, as pessoas estão morrendo”, disse ele.
Apesar do tom neutro, as declarações do presidente divergem da maioria dos países ocidentais, que acompanham o posicionamento da Ucrânia. O líder petista ainda reforçou a posição do Brasil em buscar a mediação do conflito, participando de negociações e reuniões que busquem terminar a guerra.
O presidente também criticou a postura do Conselho de Segurança da ONU. Para ele, o órgão não respeitou o coletivo dos países mundiais e sua atuação poderia ter impedido a invasão do território ucraniano.
Recentemente, Zelensky indicou ao Brasil o interesse em promover uma reunião entre nações latino-americanas para ouvir a perspectiva da Ucrânia sobre o conflito. Especificamente, ele ressaltou que estaria disposto a aceitar o convite do presidente Lula para visitar o país.