Porta-voz do MBL é acusado de racismo em bar de BH

Policiais militares detiveram neste final de semana o porta-voz do Movimento Brasil Livre (MBL), Thiago Dayrell, após o mesmo ser acusado de agredir funcionários e supostamente ter chamado uma cozinheira de "crioula" em um restaurante na área nobre de Belo Horizonte. O acusado nega o ocorrido e afirmou que a denúncia seria de cunho calunioso, já que ele teria sido espancado no local.

Segundo os relatos dos funcionários, a confusão começou quando Thiago pagava a conta e se exaltou com o atendimento dos funcionários do local. Uma cozinheira teria se aproximado dele pedindo para que o mesmo tivesse calma, e o porta-voz do MBL teria dito "não coloca a mão em mim, sua crioula".

Depois do diálogo de Dayrell, os funcionários mandaram ele sair do restaurante, foi quando o mesmo teria puxado a mão de um dos atendentes e começado a briga. Clientes do local tiveram que intervir e apartar a briga, segundo testemunhas. 

Quando a polícia chegou ao local, Dayrell foi encaminhado para a delegacia onde contou uma versão diferente do que foi noticiado pelos funcionários. Segundo ele e sua namorada, que não teve a identidade revelada, os funcionários do local teria agredido ele após o mesmo ter ido reclamar na demora do atendimento. O membro do MBL ainda alegou que havia sido atingido por uma cadeira durante a briga.

Thiago Dayrell pagou uma fiança de R$ 1,000 e deixou a delegacia. Apesar de ter pago a fiança, o mesmo ainda continua sendo investigado por seus atos.

A defesa de Dayrell aponta que o mesmo não teria promovido "qualquer injúria racial ou agressão física a qualquer funcionário do Takos (restaurante)".

O restaurante Takos também emitiu uma nota nesta segunda-feira (11) afirmando que repudia qualquer forma de preconceito e violência e que estaria "colaborando com as informações necessárias" para a polícia.