Poupança tem maior ganho real em seis anos, impulsionada pela desaceleração da inflação
Modalidade registra variação positiva nos seis primeiros meses de 2023, segundo levantamento da Economatica
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A poupança registrou o primeiro semestre de 2023 com o maior ganho real em seis anos, impulsionada pela desaceleração da inflação. A variação positiva nos seis primeiros meses não ocorria desde 2027. O acumulado da inflação nos últimos seis meses é de 2,95%, enquanto a poupança rendeu 4,20%. Isso significa que quem investiu na poupança obteve rentabilidade real no período.
A poupança teve um período de resultados negativos entre outubro de 2020 e julho de 2022, mas o cenário mudou em agosto de 2022, com uma sequência de alta acima da inflação. O diretor-executivo da Anefac explicou que a perda de rendimento da poupança estava relacionada à taxa básica de juros, a Selic. Atualmente, a poupança rende 0,5% mais a variação da TR.
De investimento fácil, a poupança é uma opção conhecida pela maioria dos brasileiros, mas perde rentabilidade em relação aos fundos de renda fixa. No entanto, a poupança supera muitas aplicações de risco maior e está apresentando rendimento real acima da inflação devido à queda do IPCA e à manutenção da taxa Selic elevada.
Nos últimos meses, houve uma retirada líquida da poupança, em parte devido às pessoas optando por fundos de renda fixa com rendimentos maiores. O atual contexto econômico, com famílias endividadas e desemprego elevado, também contribui para os saques.
A poupança é uma das principais opções de aplicação financeira no Brasil, mesmo com opções mais rentáveis disponíveis. A modalidade tem enfrentado recordes de saques devido às altas taxas de juros, resultando em perdas acumuladas.
Atualmente, a poupança é remunerada pela TR mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês, mas a taxa Selic está prevista para reduzir no segundo semestre.