Preços altos de aluguéis nos EUA e Europa devem gerar crise habitacional até ano que vem
Países apresentam aumentos históricos nos preços médios de aluguéis de imóveis
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Os preços dos aluguéis médios em New York, nos EUA, e Sydney, na Austrália, cresceram a uma taxa de 4,7% e 6,9%, respectivamente. Os níveis representam os mais altos na série histórica, de acordo com a imobiliária Knight Frank.
O mesmo cenário pode ser visto em algumas cidades europeias, como Londres, onde o aumento anual no custo de um imóvel para alugar ultrapassou os 17% em abril e novamente no mês passado. Esse é o maior salto desde que a agência imobiliária Hamptons começou a recolher dados em 2014.
Especialistas britânicos afirmam que esse crescimento desenfreado supera em muito a inflação e os aumentos salariais no Reino Unido, fazendo com que muitos moradores tenham que lutar para conseguir cobrir os custos de moradia.
O afluxo pós-pandemia de trabalhadores e estudantes podem explicar um pouco este cenário, principalmente se for levada em consideração a falta de casas para aluguel. Isto faz com que os níveis de inflação e taxas de juros subam.
O problema, em breve, terá que entrar no radar das autoridades destes países, já que a expectativa é de que a questão habitacional se torne um desafio a ser combatido. Ao menos é o que acredita o chefe global de investigação da Knight Frank. “A acessibilidade da habitação irá tornar-se a maior questão política nos próximos 12 meses”.