Presidente argentino aumenta impostos sobre exportações agrícolas
Governo argentino afirma que desvalorização do peso frente ao dólar obrigou a medida
Foto: Agência Brasil
O novo presidente da Argentina, Alberto Fernández, informou neste sábado (14) que irá aumentar as taxas sobre as exportações agrícolas. Essa medida foi justificada como "urgente" para enfrentar a "grave situação" das finanças públicas" do país, que é um dos maiores produtores e exportadores agrícolas do mundo.
O aumento na taxação se junta a outra medida econômica anunciada neste sábado: o aumento no custo para a demissão de trabalhadores. Por 180 dias, quem for demitido sem justa causa terá que receber o dobro da indenização trabalhista.
Até então, as exportações agrícolas eram tributadas a uma taxa de 4 pesos por cada dólar exportado. Mas o executivo argentino alegou que, desde que esse esquema foi implementado, "houve uma deterioração do valor dos pesos em relação ao dólar".
Agora, o pagamento dessa taxa será eliminado e substituído por uma taxa de 9% para todos os produtos em geral.
Para a soja, o principal produto de exportação da Argentina, o aumento é significativo. Atualmente os exportadores do grão pagam 18% e, com a mudança, a taxa vai para 27%.
O texto diz que foi levado em conta "a grave situação enfrentada pelas finanças públicas, é necessário adotar medidas urgentes fiscal que permita atender, pelo menos parcialmente, às despesas orçamentárias com recursos genuínos".