Presidente da CNI cobra do Banco Central corte maior da taxa Selic
Para Ricardo Alban, o cenário atual de inflação está sob controle e permite uma "redução mais intensa dos juros reais"
Foto: Gilberto Sousa/CN
O corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), divulgado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil na quarta-feira (20), não é suficiente e vai causar penalidades à atividade econômica nacional. Ao menos é o que acredita o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban.
Para ele, o cenário atual de inflação está sob controle e permite uma "redução mais intensa dos juros reais" e que o comitê precisa considerar o prejuízo que a alta taxa Selic provoca na economia. "A CNI entende que, mantido o cenário da inflação sob controle, é imprescindível uma aceleração no ritmo de redução da taxa Selic já na próxima reunião do Copom", completa.
O BC anunciou que a taxa vai passar de 11,25% ao ano para 10,75%. Esse é o sexto corte seguido.
Alban ainda cobrou do BC uma "contribuição", para a redução do custo financeiro das empresas. "Sem essa mudança urgente de postura, fica mais difícil avançar na agenda de neoindustrialização, o que, consequentemente, anula oportunidades de mais prosperidade econômica para o país", relata.