Presidente da CPMI pede providência contra psiquiatra que deu atestado para militar não depor
Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal tem prazo de cinco dias para informar medidas adotadas
Foto: Reprodução/TV Senado
O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, Arthur Maia, solicitou que o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM) investigue o médico que deu um atestado ao ex-diretor de operações da Polícia Militar do DF, coronel Jorge Naime, para que ele ficasse impedido de ir depor.
Na segunda-feira (26), Naime foi ouvido porque a comissão desconfiou do atestado médico assinado por um profissional particular. A comissão, então, determinou reanálise da Junta Médica do Senado.
O deputado Arthur Maia encaminhou notas taquigráficas e a gravação do depoimento, além dos dois laudos médicos, para análise do CRM.O Conselho Regional de Medicina terá prazo de cinco dias para responder quais medidas foram adotadas
“Considerando que há julgados no sentido de que os atestados médicos apresentados com poucas horas de antecedência não teriam o condão de impedir um depoimento, seguinte trâmite já realizado na CPI da Pandemia, esta Presidência determinou que uma Junta Médica do Senado Federal avaliasse a condição do depoente, com vistas a verificar se ele, de fato, não estaria apto a prestar depoimento”, afirmou o depurado Arthur Maia.
Naime havia alegado que tinha decidido falar à CPMI por ter sido obrigado a deixar a prisão e ir pessoalmente ao Senado para a nova avaliação médica.
O atestado presentado descrevia um quadro de transtorno depressivo e de adaptação e, por isso, Naime não poderia prestar depoimento pelos próximo 15 dias.
Apesar do atestado apresentado pelo ex-diretor, a Junta Médica do Senado “concluiu que o depoente estava apto e o depoimento transcorreu normalmente, sem qualquer casualidade”, afirma o presidente da CPMI ao CRM do Distrito Federal.
