Presidente do BC diz que inflação estaria em 9% se não fosse corte de impostos
Segundo Roberto Campos Neto, desinflação se deve ao corte de impostos sobre combustíveis e energia elétrica
Foto: José Cruz/Agência Brasil
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou na quinta-feira (19) que parte da desinflação ocorrida nos últimos meses se deve ao corte de impostos sobre combustíveis e energia elétrica.
“A inflação estaria em 9%, e não em 5,8%, se não fosse essa redução de impostos”, respondeu, em palestra na a UCLA Anderson School of Management.
Na ocasião, Campos Neto lembrou que mesmo as autoridades monetárias de países desenvolvidos estão subindo mais os juros para conter o movimento inflacionário global. "Entendemos que a nossa taxa de juros está alta", admitiu.
“Mas não manejamos curva futura, só meta a Selic. Não ajudaria em nada cortar juro de curto prazo, porque os investimentos usam taxas de longo prazo”, completou.
Na última quarta-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a manutenção da Selic nos níveis atuais, enquanto a inflação roda abaixo de 6%.
