Presidente do Instituto Serum diz que venda a outros países está permitida
Anvisa havia autorizado a importação das doses mesmo sem autorização de uso emergencial ou registro
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Foto: Reprodução/Senado Federal
O presidente do Instituto Serum, laboratório indiano contratado para produzir 1 bilhão de doses da vacina de Oxford contra Covid-19 para países em desenvolvimento, afirmou nesta terça-feira (5) que "a exportação de vacinas está permitida para todos os países". Na segunda-feira (4), o presidente do instituto, Adan Poonawalla, havia dito que o governo indiano não iria permitir a exportação da vacina de Oxford produzida no país.
Em comunicado conjunto, o Serum e a Bharat Biotech (laboratório indiano que produz uma outra vacina contra a Covid-19, a Covaxin) disseram ter um compromisso de fornecer acesso global às vacinas fabricadas pelas duas empresas. Nenhum país é mencionado especificamente na nota. Poonawalla e Krishna Ella, diretor da Bharat Biotech, comunicaram a "intenção conjunta" de "desenvolver, manufaturar e fornecer as vacinas contra a Covid-19 para a Índia e globalmente".
No domingo (3), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou ter fechado contrato com o Serum para compra e fornecimento de 2 milhões de doses da vacina, com a chegada dos primeiros insumos de produção ainda neste mês. A Fiocruz é o fabricante brasileiro da vacina de Oxford. No dia anterior, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) havia autorizado a importação das doses mesmo sem a autorização de uso emergencial ou registro sanitário da vacina.
Depois de o presidente do Serum dizer que o governo indiano proibiria as exportações, entretanto, a Fiocruz afirmou que o Itamaraty estava negociando a importação das doses prontas da fabricante indiana. Já a Bharat Biotech, laboratório que desenvolveu a Covaxin, está em negociação com clínicas privadas brasileiras para fornecimento de 5 milhões de doses. A vacina ainda não foi aprovada em nenhum outro país a não ser na própria Índia.