Presidente do Solidariedade, Eurípedes Jr. se entrega à PF após 4 dias foragido
Dirigente é suspeito de participar de desvio milionário de verba partidária
Foto: Divulgação
O presidente do partido Solidariedade, Eurípedes Gomes Júnior, se entregou à Polícia Federal (PF) em Brasília na manhã deste sábado (15), após quatro dias foragido.
Na quarta-feira (12), Eurípedes foi alvo de uma operação que apura supostos desvios de R$ 36 milhões, nas eleições de 2022, dos fundos partidário e eleitoral do partido PROS – que foi incorporado pelo Solidariedade no ano passado. Na sexta-feira (14) o nome de Eurípedes foi incluído na difusão vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).
Eurípedes Júnior chegou à Superintendência da PF no Distrito Federal acompanhado de advogados, por volta das 11h45. Segundo a corporação, ele permanecerá sob custódia até liberação para ingresso no sistema penitenciário.
A defesa de Eurípedes afirmou que será provada perante a Justiça "a insubsistência dos motivos" para prisão e a "total inocência" do dirigente partidário. Em nota, o Solidariedade informou que Eurípedes solicitou licença da presidência da legenda por prazo indeterminado. O deputado federal Paulinho da Força assume o comando nacional da sigla.
As investigações começaram a partir de uma denúncia feita por Marcus Vinicius Chaves de Holanda, que foi presidente do PROS. Além de Eurípides, foram alvos dos mandados de prisão: Cintia Lourenço da Silva, primeira tesoureira do Solidariedade.; Alessandro, o Sandro do PROS, que foi candidato a deputado federal; e Berinaldo da Ponte, ex-deputado distrital do Distrito Federal.
Em Goiás, a PF apreendeu R$ 26 mil em espécie e um helicóptero registrado em nome do PROS. A aeronave, avaliada em R$ 2,4 milhões, teria sido adquirida com recursos públicos desviados dos fundos do partido e estaria sendo usada somente pra fins particulares de Eurípedes.
As investigações também apontam que a ex-vice-presidente do partido PROS atualmente secretária-executiva do Solidariedade, filha de Eurípedes, Jhennifer Hanna, obteve viagens internacionais, bolsas de estudo e cargos com dinheiro desviado do partido.