Presidente do Solidariedade, preso pela Polícia Federal, já foi réu por agressão à filha
Eurípedes Júnior também teria tentado usar a prefeitura de Planaltina para se promover
Foto: Agência Brasil
O presidente afastado do partido Solidariedade, Eurípedes Júnior, preso no sábado (15) por desvio de dinheiro, já teve outros problemas com a Justiça. Em 2020, o político se tornou réu por agredir a filha de 19 anos.
Segundo a acusação, a briga teria começado porque Eurípedes Júnior queria ficar com o carro da jovem. Um laudo médico apontou que a vítima tinha marcas de pancadas e mordidas pelo corpo. O caso, no entanto, prescreveu sem julgamento.
Ainda em 2020, Eurípedes foi afastado da função de voluntariado que exercia na prefeitura de Planaltina (GO). De acordo com o Ministério Público de Goiás (MP-GO), ele representava a prefeita Maria Aparecida dos Santos, sua mãe, em eventos oficiais da cidade.
O entendimento do MP-GO foi de que o político assumiu a postura de quem tomava as decisões de governo. Para isso, ele utilizava as redes sociais da prefeitura com intuito de se promover.
O Solidariedade disse que ele solicitou licença por prazo indeterminado e que os crimes investigados teriam sido cometidos antes da junção da legenda com o PROS.
No dia 12 deste mês, Eurípedes Gomes Júnior foi alvo de uma operação que apura supostos desvios de R$ 36 milhões, nas eleições de 2022, dos fundos partidário e eleitoral do partido PROS – que foi incorporado pelo Solidariedade no ano passado.
Ele se entregou à Polícia Federal (PF), após quatro dias foragido. O nome dele chegou a ser incluído na difusão vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).