Presidente do STM diz que caso Mauro Cid não será julgado pela Justiça Militar: 'É um crime comum'
Segundo Joseli Parente Camelo, falsificação de carteira de vacinação não é crime militar
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O presidente do Superior Tribunal Militar, Joseli Parente Camelo, disse que o caso do tenente-coronel Mauro Cid, o ex-ajudante de Jair Bolsonaro, "não tem nada a ver" com a Justiça militar.
Cid está preso desde o dia 3 de maio por acusação de ter alterado os registros de vacinação do ex-presidente e familiares. Ele foi preso pela Polícia Federal.
"O crime de que ele foi acusado não tem nada a ver com a administração militar nem com a função militar em si. Você falsificar uma carteira de vacinação não é um crime militar", disse ao jornal O Globo.
Camelo ressaltou que o Exército não vai abrir procedimentos administrativos contra Mauro Cid e que a Justiça comum que tem que julgar. "É um crime comum. Mas a ele tem de ser dado o direito de se defender, de apresentar o contraditório. Quando há acusação, antes de investigar, não se pode emitir opiniões. É cedo para pré-julgar, e o princípio da presunção da inocência está previsto na Constituição", e acrescentou: "Não somos nós que vamos julgar. A bola está com a Justiça comum".