Presidente interino do INSS causa polêmica ao destacar sua foto na galeria de ex-presidentes

Em meio às denúncias que envolvem a "farra nas passagens", o presidente interino do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), Glauco Wamburg, tem causado controvérsia ao colocar-se em evidência como líder da maior autarquia da América Latina. Uma das demonstrações de poder que chamou a atenção foi a mudança na galeria de fotos dos ex-presidentes. 

Pela primeira vez na história, a sequência horizontal de fotos em preto e branco foi quebrada. No lugar das imagens dos ex-gestores do INSS, uma foto colorida de Wamburg foi proeminente, destacando-o acima de todos os outros que ocuparam a cadeira de presidente.

No entanto, enquanto Wamburg busca se firmar no cargo, enfrenta uma série de denúncias relacionadas a suas constantes viagens ao Rio de Janeiro, onde mora e ministra aulas particulares em uma faculdade. As justificativas apresentadas para as viagens, que constam no Portal da Transparência como agendas supostamente oficiais e de interesse da autarquia, estão sob escrutínio, pois muitas delas não parecem ter sido cumpridas pelo presidente.

O caso, apelidado de "farra das passagens", foi alvo de investigação do portal Metrópoles. A equipe do veículo analisou minuciosamente cada agenda, e servidores denunciaram que o presidente do INSS supostamente criava reuniões fictícias para justificar suas idas ao Rio de Janeiro, onde ministra aulas de direito previdenciário em uma faculdade particular. O valor total das passagens custou ao governo cerca de R$ 65 mil, com mais de R$ 15 mil em diárias para Wamburg.

Dentre as inconsistências encontradas nas justificativas apresentadas, destaca-se que o presidente alegou participar de reuniões que não tiveram registro de sua presença, levantando suspeitas sobre a veracidade de suas agendas oficiais.

Até o momento, a assessoria de comunicação do INSS não se manifestou sobre o assunto, mas o espaço permanece aberto para eventuais declarações. Enquanto isso, as denúncias continuam repercutindo e levantando questionamentos sobre a conduta do presidente interino da autarquia federal.