'Prevaricou ou é caluniador', diz Ciro Nogueira sobre General Freire Gomes
Para o senador, está ‘absolutamente’ provado que há um criminoso inconteste
Foto: Agência Brasil
O senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil no governo de Jair Bolsonaro, criticou o general Freire Gomes que, segundo depoimento do ex-chefe da Aeronáutica Baptista Júnior, teria ameaçado prender o ex-presidente. Ao se pronunciar sobre o assunto nesta segunda-feira (18), o senador chamou Freire Gomes de "criminoso inconteste".
Além disso, questionou a postura dos dois integrantes das Forças Armadas por não terem denunciado a suposta trama golpista que impediria a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"O general da ativa mais importante do país na ocasião ouviu uma ameaça grave à democracia, e agora está criticando o ex-comandante em chefe que perdeu as eleições da mesma forma que ele prestaria continência para o mesmo comandante em chefe, caso ele tivesse sido reeleito?", questionou o senador.
"Está absolutamente provado que há um criminoso inconteste. Ou o criminoso que cometeu prevaricação ao não denunciar ao país o 'golpe', ou o caluniador que o denuncia hoje, não tendo ocorrido [o golpe]", completou.
Depoimentos
Os depoimentos do ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes e do ex-comandante da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Júnior à Polícia Federal (PF) tornaram-se públicos na sexta-feira (16) e implicam Jair Bolsonaro diretamente na trama golpista investigada pela corporação.
Freire Gomes disse que Bolsonaro "apresentou hipóteses de utilização de institutos jurídicos como GLO [Garantia da Lei e da Ordem], estado de defesa e sítio em relação ao processo eleitoral" em reuniões no Palácio da Alvorada após o segundo turno das eleições de 2022. Segundo Baptista Júnior, em um encontro, o então comandante do Exército prometeu prender o presidente se o plano fosse adiante.