Previsões para a economia são superiores do que os telespectadores estão realizando, afirma Haddad
Ministro da Fazenda observou a alta do dólar e declarou até o momento que o governo pode divulgar novos padrões de contenção de gastos
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Em conversa com jornalistas nesta quarta-feira (18), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o câmbio deve se ajeitar no que se refere à alta do dólar, e não desconsiderou a probabilidade de ataques especulativos à economia do Brasil.
“Mas eu acredito que ele [dólar] vai se acomodar. Eu tenho conversado muito com as instituições financeiras. A previsão de inflação para o ano que vem, a previsão de câmbio paro ano que vem… Até aqui, nas conversas com as grandes instituições, as previsões são melhores do que os especuladores estão fazendo. Mas, enfim, no câmbio futuro o Banco Central tem intervindo. O Tesouro passou a atuar na recompra de títulos. E eles vão continuar acompanhando até estabilizar”, encerrou Haddad.
A dólar listou um recorde de cotação nesta semana, chegando a R$ 6,26 nesta quarta-feira (18), a maior cotação da história. O ministro declarou também que o governo federal tem realizado o papel em mandar determinações para controle dos gastos. Haddad salientou a importância de continuar a “escala” de contenção de gastos ordenada às metas do governo Lula (PT) para distanciar a “desidratação das medidas”. De acordo com a equipe econômica, o pacote fiscal terá um efeito provável de R$ 327 bilhões entre 2025 e 2030.
Quando perguntaram sobre as alterações que estão sendo realizadas nos projetos por parte do Congresso, o ministro declarou que “Até aqui não são de grande monta. Nós estamos confiantes que não vai haver desidratação pelas conversas mantidas nesses dias de segunda [feira] para cá”, contou Haddad. “Há aqui uma resistência ou outra, mas, a princípio, as coisas vão andar. Eu diria que a escala de contenção de gastos vai ser mantida.”