Bahia

Procissão marítima vai abrir Festa do Bonfim em 2020

A imagem de Santa Dulce vai ao cortejo

Por Da Redação
Ás

Procissão marítima vai abrir Festa do Bonfim em 2020

Foto: Reprodução

Durante seus 275 anos de história e tradição, a Festa do Senhor do Bonfim passou por muitas mudanças em seus festejos. Na edição de 2020 não será diferente. A comissão de festas da Basílica Santuário do Senhor do Bonfim anunciou as novidades na última quinta-feira (19). Entre elas, está a saída da imagem do Senhor do Bonfim em procissão marítima até o 2º Distrito Naval, na quarta-feira (15), onde ficará até o domingo (19), dia da festa, para ser conduzida em cortejo de volta à Basílica.

No cortejo, outra novidade é a participação das imagens de Santa Dulce dos Pobres e de Nossa Senhora da Penha, juntamente com a do Senhor do Bonfim, até a Basílica, que terá suas escadarias internas lavadas pela primeira vez, segundo a comissão de festas.  

Mesmo com as mudanças, a estimativa da organização é de que cerca de 2 milhões de pessoas participem dos festejos. O tema escolhido para 2020 é: Senhor do Bonfim, 275 anos de devoção, veneração e proteção, com o lema: Ontem, hoje e sempre sob a sombra da cruz. A temática remete ao Ano Jubilar, proclamado em abril deste ano para comemorar os 275 anos da chegada da imagem do Senhor do Bonfim a Salvador.

Tradição
A Festa do Nosso Senhor do Bonfim é patrimônio cultural brasileiro, aprovada no dia 5 de janeiro de 2013 pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural. A festa é realizada sem interrupção desde o ano de 1745 e atrai para a capital baiana, depois do Carnaval, o maior número de participantes de diversas expressões culturais e sociais.
Com elementos básicos e estruturantes mantidos ao longo dos anos, a Festa do Bonfim possui a Novena, o Cortejo, a Lavagem, os Ternos de Reis e a Missa Solene. A celebração ocorre durante onze dias do mês de janeiro, com início um dia após o Dia de Santos Reis, encerrando-se no segundo domingo depois da Epifania, no dia do Senhor do Bonfim.

Mudanças
O historiador Nelson Cadena explicou que as mudanças fazem parte de uma transformação da sociedade e dos costumes atuais e que partiram de uma vontade da Irmandade de seguir novos caminhos e parâmetros na realização do evento.   

“São muitas mudanças ao longo dos anos. A saída da imagem da Basílica, por exemplo, nunca tinha acontecido. O percurso marítimo, que é outra novidade, é de um simbolismo muito grande, pois antigamente, antes da construção da Avenida Dendezeiros, os fiéis só chegavam ao Bonfim através do mar. Além da agregação da imagem de Santa Dulce, que é algo justo, e é outro simbolismo interessante para a festa, já que ela é a santa da Bahia e faz parte do roteiro da fé”, disse.
 

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