Produção industrial no Brasil sobe 0,4% em agosto, aponta IBGE
Com os dados, a indústria acumula no ano recuo de 0,3% frente a igual período de 2022
Foto: José Paulo Lacerda/CNI
A produção industrial brasileira avançou 0,4% em agosto, após queda de 0,6% registrada no mês de julho. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (3), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em comparação ao mesmo mês de 2022, a produção apresentou uma diferença positiva de 0,5%. Já em relação às projeções do mercado, ela vem levemente abaixo do esperado, já que a expectativa era de se ter algo em torno de uma alta de 0,5%.
Com os dados de agosto, a indústria acumula no ano recuo de 0,3% frente a igual período de 2022. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o resultado é variação negativa de 0,1%, após registrar variação nula nos meses de julho, junho e maio.
Resultado por atividade
As principais influências positivas entre as atividades foram: produtos farmoquímicos e farmacêuticos (18,6%), veículos automotores, reboques e carrocerias (5,2%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (16,6%).
Também registraram alta na produção produtos alimentícios (1%), produtos químicos (2,2%), máquinas e equipamentos (4,2%), produtos de borracha e de material plástico (2,9%), produtos de metal (1,9%), móveis (5,1%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (2,8%).
Do outro lado, há as atividades que apontaram recuo na produção, como o setor de indústrias extrativas (-2,7%), produtos diversos (-8%), artigos para viagem e calçados (-4,2%) e de metalurgia (-1,1%).
Análise
Para o analista da pesquisa, André Macedo, o setor industrial permanece operando em um quadro de “perde e ganha”, girando em torno do mesmo patamar. “Note que, no acumulado dos últimos 12 meses, foram três meses de variação nula. E mesmo com o recuo atual, de 0,1%, ainda está próximo de zero”, exemplifica.
Ainda segundo o pesquisador, a situação atual da indústria pode ser atribuída à política monetária mais restritiva, apesar dos esforços para reduzir a taxa de juros. “Porém, ainda temos um patamar elevado dos juros, o que afeta as decisões de consumo e também de investimentos”, explica Macedo.
