Professores da UNEB aprovam greve por tempo indeterminado
Em conformidades com a lei, a greve só começará após 72h, na sexta-feira (27)
Foto: Reprodução/UNEB
A greve por tempo indeterminado foi aprovada por professoras e professores da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), durante a assembleia geral docente que foi realizada na tarde da segunda-feira (23), no Campus da UNEB de Salvador, localizada no bairro do Cabula. A greve cumprirá todos os requisitos legais e manterá mais de 30% dos serviços essenciais na universidade.
Segundo disposições do Supremo Tribunal Federal, após aprovação da greve, é necessária a comunicação prévia à administração pública em, no mínimo, 72 horas antes do início da greve. Com a greve tendo início na sexta-feira (27).
Na próxima quarta-feira (25), as representações sindicais das/os docentes das universidades estaduais da Bahia terão nova reunião na Secretaria Estadual da Educação, com a expectativa de dar continuidade às negociações com o Governo da Bahia. A Seção Sindical dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (ADUNEB), declara que, o movimento docente continua a demonstrar interesse em negociar, qualquer suspensão da mesa será uma decisão unilateral e arbitrária do governo.
A categoria docente considerou insuficiente a nova proposta apresentada na reunião de quinta-feira (19), o que ocasionou a decisão da greve. Após duas propostas iniciais e rebaixadas serem levadas às direções sindicais, uma terceira foi encaminhada para análise da assembleia. Com propostas de reajuste salarial acumulado para os anos de 2025 e 2026.
Análises e projeções realizadas pelo Fórum das Associações Docentes das Universidades Estaduais da Bahia (Fórum das ADs), demonstraram que a nova proposta representa uma recomposição salarial insuficiente, utilizando-se as previsões inflacionárias do Boletim Focus.
Mesmo com as negociações, as partes não entraram em um consenso, a Coordenação da ADUNEB, declarou que, embora a última negociação demonstrasse um avanço, o Governo da Bahia ainda persiste na falta de interesse político para a resolução do problema. Desde o início de 2023, docentes das universidades estaduais baianas tentaram negociar sem a necessidade de radicalização do movimento. Ao menos, 15 reuniões foram realizadas pelas representações sindicais, enquanto outras quatro foram desmarcadas pelo Executivo.