Projeto universitário desenvolve método de castração não cirúrgico para cães e gatos
Procedimento inicial foi realizado com ratos e apresentou resultados positivos
Foto: Getty Images
Com o objetivo de facilitar o processo de castração, o Instituto de Ciências Biológicas (IB) da Universidade de Brasília (UnB) desenvolve um método não cirúrgico para cães e gatos. Até o momento, os experimentos foram feitos em ratos e os resultados foram positivos. A informação é do portal G1.
Segundo o resultado apresentado, os animais ficaram estéreis em definitivo com apenas uma sessão de tratamento, sem efeitos colaterais. A partir de abril serão iniciados os testes com gatos.
“A nossa ideia é aplicar a técnica primeiro em gatos, porque eles têm uma reprodução aceleradíssima, e depois em cachorros. Os gatos têm um tamanho mais fácil de trabalhar, enquanto os cachorros variam muito em relação ao porte, o que requer uma adaptação do método”, disse a professora e veterinária Carolina Madeira Lucci.
Para justificar o projeto, a especialista afirma que a castração cirúrgica dos animais, seja macho ou fêmea, é eficiente, mas não é um procedimento rápido e nem de fácil acesso.
Carolina explica, ainda, que a escolha de trabalhar com machos é devido a facilidade de acesso às gônadas. Além de estarem localizados fora do abdômen, possuem uma sensibilidade maior ao calor — temperaturas elevadas causam danos no processo de produção dos espermatozoides. No caso das fêmeas, a mesma técnica não é aplicável, pois os ovários ficam dentro da cavidade abdominal e não apresentam a mesma sensibilidade térmica.