PSOL e Rede pedem cassação do deputado Eduardo Bolsonaro após deboche sobre tortura sofrida por Miriam Leitão
Parlamentares classificaram a declaração de Eduardo como "abjeta, repugnante e criminosa" e julgam urgente a cassação do mandato do parlamentar
Foto: Agência Brasil
Os partidos PSOL e Rede apresentaram na tarde desta segunda-feira (04) ao conselho de Ética da Câmara dos Deputados um pedido de cassação do mandato do deputado federal Eduardo Bolsonaro, após o mesmo debochar da tortura sofrida pela jornalista Míriam Leitão nas redes sociais. Parlamentares repudiariam a atitude de Eduardo.
No último domingo (03), a jornalista publicou em suas redes sociais a sua coluna para O Globo em que acusa o atual presidente Jair Bolsonaro de ser “inimigo confesso da democracia”. Em resposta, o deputado e filho do presidente republicou a crítica com a legenda “Ainda com pena da (emoji de cobra), fazendo referência à tortura sofrida por Míriam no governo militar, em que ela foi deixada nua e grávida em uma sala com uma cobra.
No pedido entregue ao Conselho de Ética, os parlamentares classificam a declaração de Eduardo Bolsonaro como “abjeta, repugnante e criminosa" e reforçam que atos que atentam contra a democracia e direitos humanos são recorrentes por parte do deputado. "A cassação de Eduardo Bolsonaro é imperativa e urgente. Não há nenhuma condição moral e política dele permanecer à frente de qualquer cargo público", argumentaram os políticos que exigem a cassação do parlamentar.
O Conselho de Ética da Câmara não funciona desde novembro do ano passado. Ainda não há data para análise do pedido.