Política

PT pede a Aras investigação contra Bolsonaro por crime de ódio

Oposição apresentou documento no começo da tarde desta terça-feira (12)

Por Da Redação
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PT pede a Aras investigação contra Bolsonaro por crime de ódio

Foto: Clauber Cleber Caetano/PR

O Partido dos Trabalhadores (PT) apresentou na tarde desta terça-feira (12) uma representação ao procurador-geral da República, Augusto Aras, para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) seja investigado por propagar crimes de ódio. De acordo com o documento, assinado pela presidenta da sigla, Gleisi Hoffmann, a vida pública do mandatário “é marcada por uma visão de mundo e por ações concretas que jamais encontraram ressonância na pluralidade democrática”.

“Já durante a campanha eleitoral, o Representado [Bolsonaro] apresentava, muito embora fosse desnecessário, todas as suas credenciais antidemocráticas, seu desprezo pelas instituições, seu inconformismo com as liberdades de opinião e manifestação, sua aversão à Constituição e seu projeto de cooptar as instituições, especialmente as forças policiais, para pavimentar suas aventuras autoritárias”, diz trecho do documento.

Representantes dos partidos que integram a coligação da pré-campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iriam se reunir na tarde desta terça-feira apenas para pedir a federalização do assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda. No entanto, a oposição recebeu sinais de que Aras é contra a federalização do caso e, por isso, o PT começou a debater a expansão do pedido.

No documento (veja completo aqui), a sigla pede:

-A instauração de Procedimento de Investigação Criminal para apurar, em tese, a prática de crimes pelo Presidente da República e, ao final, a oferta de denúncia ao Supremo Tribunal Federal;
-A adoção das medidas administrativas e civis pertinentes, em função das responsabilidades pelos crimes, em tese, delineados na presente representação;
-A adoção de medidas, na qualidade de Procurador-Geral Eleitoral, para assegurar a lisura, segurança e higidez do processo eleitoral;
-A adoção de medidas civis, administrativas e penais para identificar com urgência grupos em redes sociais que vêm disseminando ódio e estimulando violência e intolerância política, de modo que sejam impedidos e responsabilizados;
-A adoção de medidas legais junto a provedores de redes sociais, ferramentas de busca e de mensageria instantânea, para que busquem impedir a divulgação, por meio de mecanismos públicos de moderação de conteúdo, de quaisquer condutas que representem
práticas de ódio e intolerância política, especialmente durante o período eleitoral.

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