Putin diz que não há necessidade de novos grandes ataques na Ucrânia
Presidente russo alega que "não pretende destruir o país" vizinho
Foto: Reprodução/Agência Brasil
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira (14), que não há necessidade de novos grandes ataques contra a Ucrânia e que a Rússia não tem o objetivo de destruir o país.
O mandatário russo também disse, em entrevista coletiva no fim de uma cúpula realizada no Cazaquistão, que a convocação de reservistas russos se encerra dentro de duas semanas e que não há planos para nova mobilização.
O presidente reiterou a posição do Kremlim de que a Rússia está aberta para negociações, embora tenha afirmado que exigiria mediação internacional caso a Ucrânia participasse. Em conjunto, os comentários de Putin parecem suavizar o tom, de acordo com que a guerra caminha para o fim do seu oitavo mês, após reações com sucesso de avanços ucranianos e derrotas russas.
No entanto, Putin já disse estar pronto para usar armas nucleares se precisar defender a “integridade territorial” do seu país e também fez um alerta sobre uma possível “catástrofe global”, caso as tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) entrem em confronto direto com a Rússia.
A fala de Putin aconteceu depois de uma semana em que a Rússia atacou de forma mais pesada, com mísseis, contra Kiev e outras cidades ucranianas, desde o início da invasão, em 24 de fevereiro. O presidente russo justificou os ataques como forma de retaliação após o ataque ucraniano que danificou uma ponte russa para a Crimeia, anexada de forma unilateral.
A invasão russa à Ucrânia colocou Putin frente a frente com a mais profunda crise já enfrentada em seus 22 anos como líder do país, já que até aliados leais do Kremlim criticaram as falhas de seus generais e a forma caótica da mobilização. Porém, Putin negou ter algum arrependimento, alegando que não agir sobre a Ucrânia seria ainda pior.