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Economia

Quase 29 milhões de pessoas ficariam isentas se tabela do IR fosse corrigida pela inflação

Cálculos foram feitos por auditores fiscais da Receita Federal

Por Da Redação
Ás

Quase 29 milhões de pessoas ficariam isentas se tabela do IR fosse corrigida pela inflação

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Quase 29 milhões de pessoas que recebem até R$ 4.723,78 por mês em 2023 ficariam isentas do Imposto de Renda em 2024 caso a tabela fosse corrigida pela inflação, de acordo com os cálculos da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco).

O número é mais que o dobro do que os 8,8 milhões listados atualmente. Na tabela vigente do Imposto dw Renda estão isentos aqueles que recebem até R$ 1.903,98, o que equivale a quase um salário mínimo e meio. 

Os cálculos realizados pela Unafisco mostram que a defasagem acumulada chega a 148,1% (a taxa é a diferença entre os R$ 1,9 mil atuais e os R$ 4,7 mil em caso de correção). O percentual considera os ajustes realizados e a inflação acumulada de 1996 – ano em que a tabela do IRPF deixou de sofrer reajustes anuais – até dezembro de 2022.

No governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a defasagem acumulada foi de 31,49%. A correção foi uma das promessas de campanha de Bolsonaro em 2018 e em 2022.

O eleito em outubro do ano passado, Lula, também defendeu a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil. Porém, a proposta ainda está longe de ser aplicada. O projeto mais avançado do governo sobre o tema trata da elevação do piso de isenção do IR, a partir de maio, para quem ganha até R$ 2.112. 

Essa alteração será proposta por meio de Medida Provisória, que precisa do aval do Congresso Nacional para se tornar lei.

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