Quase 5 mil detentos condenados em segunda instância podem ser soltos se houver mudança na jurisprudência
Julgamento do STF acontecerá nesta quinta-feira
Foto: Agência Brasil
Uma possível mudança da atual jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da prisão após condenação em segunda instância abre brecha, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para que 4.895 detentos, que cumprem prisão após condenação em segundo grau, possam ser beneficiados e sair da cadeia.
No entanto, com a mudança, o juiz responsável por cada caso deverá avaliar se há necessidade de manter o condenado em prisão cautelar ou não. O benefício não será automático. As informações são do Blog do Valdo Cruz do portal G1.
Três Ações Declaratórias de Constitucionalidade serão analisadas pelo Supremo nesta quinta-feira (17). As ações pedem para que prevaleça o trânsito em julgado, ou seja, que um réu possa responder em liberdade até que sejam esgotadas todas as possibilidades de recursos na Justiça.
O Ministério Público (MP) defende que a regra atual seja mantida para evitar recursos dos réus com o objetivo de postegar a ação até que os crimes sejam prescritos. Uma ala do STF defende o trânsito em julgado para executar uma prisão, com exceção de casos, por exemplo, que represente risco para a sociedade.