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Brasil

Quatro em cada 10 LGBTQIAP+ já sofreram discriminação no trabalho, aponta pesquisa

LinkedIn entrevistou 1.181 pessoas online, entre 6 e 20 de maio

Por Da Redação, Agência Brasil
Ás

Quatro em cada 10 LGBTQIAP+ já sofreram discriminação no trabalho, aponta pesquisa

Foto: Agência Brasil

Um levantamento do LinkedIn, divulgado na última quarta-feira (22), mostra que quatro em cada dez pessoas LGBTQIAP+ relatam ter sofrido discriminação no ambiente de trabalho. O número aumentou em relação a 2019, ano em que foi feito o primeiro levantamento, quando 35% relataram ter sofrido preconceito no trabalho.

O estudo mostra que 8 em cada 10 pessoas LGBTQIAP+, grupo que inclui lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis, queer, intersexuais, assexuais e pansexuais, sentem-se confortáveis para compartilhar a identidade de gênero e a orientação sexual no ambiente de trabalho. 

No entanto, 43% dizem já ter sido vítimas de preconceito. Os pesquisadores entrevistaram também pessoas heterossexuais. Entre esse grupo, 60% disseram trabalhar com pessoas LGBTQIAP+ e mais da metade, 53%, disse que já presenciou ou ouviu falar de alguma situação discriminatória devido à orientação sexual ou identidade de gênero de colegas. 

Desafios e saúde

O levantamento mostra que há desafios a serem superados no ambiente de trabalho. Entre o público heterossexual e cisgênero, 69% acreditam que as empresas em que trabalham apoiam a diversidade e colocam em prática ações para a promoção de igualdade. Quando considerado apenas as pessoas LGBTQIAP+, esse percentual cai para 53%.

Os dados mostram que o preconceito é percebido de forma distinta. Entre as pessoas LGBTQIAP+, 75% consideram que o Brasil é um país homofóbico. Já entre as pessoas heterossexuais, essa porcentagem cai para 49%. Esse cenário traz consequências em termos de saúde mental. De acordo com o levantamento, pessoas LGBTQIAP+ têm maior tendência a sofrer com problemas de saúde mental (47%) se comparado com aquelas que se identificam como heterossexuais (21%). 

Pesquisa

Ao todo, a pesquisa conduzida pelo LinkedIn fez 1.181 entrevistas online, entre 6 e 20 de maio de 2022, sendo 1,1 mil com profissionais LGBTQIAP+ e, as demais, com heterossexuais. Os entrevistados têm idades entre 18 e 60 anos e são de todas as regiões do Brasil. A margem de erro para a amostragem geral é de 2,9 pontos percentuais e o intervalo de confiança é de 95%. A pesquisa foi feita em parceria com a Opinion Box. 
 

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