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Bahia

"Quem vai pagar a conta de ter 100% da frota de ônibus rodando?", rebate ACM Neto

O prefeito falou sobre a ação movida pelo MP-BA que pede a retomada de 100% da frota de ônibus na capital baiana

Por Da Redação
Ás

"Quem vai pagar a conta de ter 100% da frota de ônibus rodando?", rebate ACM Neto

Foto: Gilberto Júnior / Farol da Bahia

O prefeito ACM Neto falou sobre a ação movida pelo Ministério Público da Bahia que pede a retomada de 100% da frota de ônibus na capital baiana. 

"Nesse período de pandemia nos tivemos um descasamento entre o número de pacientes transportados e a quantidade de ônibus disponível na cidade. A medida que o número de pacientes foi aumentando, também aumentamos a frota. Chegamos hoje a uma situação em que a cidade transporta 56% do número de passageiros e tem 80% da frota disponível. Quem tá pagando a diferença dessa conta? A prefeitura. Primeiro fizemos uma compra de bilhetes no valor de 5 milhões de reais, depois tivemos que fazer intervenção na CSN para que duas coisas não acontecessem. A primeira para que os ônibus não parassem e a segunda não desempregar milhares de rodoviários. Conseguimos salvar duas coisas e a prefeitura teve que assumir ônus terríveis, de trabalho e de dinheiro", explicou. 

Ainda segundo o gestor municipal, todas as capitais estão enfrentando problemas no transporte público por conta da pandemia do novo coronavírus.  

"Nunca imaginei que fossemos passar por isso, mas a pandemia tá aí e não fui eu que criei. Todas as cidades estão passando por problemas de transporte. Qualquer cidade tá vivendo esse drama hoje".

Ainda segundo ACM Neto, a prefeitura não tem condições de arcar com os custos de manter a frota de ônibus com 100% dos veículos. 

"A receita da CSN, hoje, não cobre nem metade das suas despesas. Esse é um ponto. A terceira coisa é que estamos em fase final de negociação com as outras duas bacias do Consórcio, porque esse descasamento de quantidade de passageiros com a quantidade de ônibus e a prefeitura vai ter que pagar essa conta. Os nossos cálculos indicam uma conta de 30 a 45 milhões de reais. Estamos em negociação. Isso é pouco dinheiro?
Então, eu posso colocar todo dinheiro da prefeitura em empresa de transporte público? Não posso. A pergunta é : quem vai pagar a conta de ter 100% da frota de ônibus rodando? Se a despesa é maior que a receita, falta dinheiro. Eu nunca permiti que isso acontecesse em Salvador", pontuou.

O MP alega que que não cabem, diante de uma questão de saúde pública, as justificativas apresentadas pelo Município, como queda de demanda e desequilíbrio econômico dos contratos de concessão, pois a retirada dos ônibus em circulação máxima “transfere para a população o ônus que deveria ser administrado pelo Município de Salvador”. Os promotores destacaram também uma incoerência do Município. “Não guarda coerência o Município de Salvador estabelecer medidas de distanciamento social, inclusive mantendo o fechamento de praias, quando a população se aglomera nos ônibus de Salvador, não para atividades de lazer, mas para seu deslocamento laboral”, afirmaram.

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