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'Queremos garantir que todo jovem possa concluir', diz Camilo Santana sobre implementação do novo Ensino Médio

Ministro afirma que a meta é chegar, em 5 anos, em um nível acima de 35% de alunos matriculados

Por Laiz Menezes , Giovanna Araújo
Ás

Atualizado
 'Queremos garantir que todo jovem possa concluir', diz Camilo Santana sobre implementação do novo Ensino Médio

Foto: Farol da Bahia

Brasília -- O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou, nesta quarta-feira (12), que a implementação do novo Ensino Médio busca "olhar para o projeto de vida do aluno e garantir a conclusão do ensino médio brasileiro".  O ministro participou do debate promovido pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. 

Para ele, o projeto, que já foi encaminhado ao Congresso e aprovado pela Câmara, tem o intuito de "construir com os municípios" e "trazer mudanças para o Plano Nacional da Educação" que viabilizem mais qualidade na educação no ensino público brasileiro.

"Isso tem que ser dinâmico. Fazer, agora, as mudanças para melhorar e, depois de uns anos, a partir de uma avaliação que será feita, a gente melhora, corrige", afirmou o ministro. 

Segundo Camilo Santana, a proposta construída com Fernando Haddad, ministro da Fazenda, "troca juros por educação" e é uma "maneira inteligente de trazer mais recursos para a educação, sem comprometer o orçamento do MEC". 

"Com essa proposta, nós estamos colocando a possibilidade de sair de 11% de matrícula, em 5 anos, para mais de 35%", completou. 

PL do novo Ensino Médio

A proposta busca modificar aspectos do ensino do ensino médio como a carga horária, as disciplinas obrigatórias e a formação de professores.

A partir do projeto, fica estabelecido que se manterá a obrigação de 2,4 mil horas para matérias obrigatórias, sendo que os alunos que estudam em modalidade de curso técnico terão que cumprir 1,8 mil horas para uma formação geral básica.

Para completar essa carga horária total em três anos, os alunos deverão escolher uma área para aprofundar seus estudos a partir de itinerários formativos:

linguagens e suas tecnologias;
matemática e suas tecnologias;
ciências da natureza e suas tecnologias;
ciências humanas e sociais aplicadas.

Na Câmara, o texto aprovado definiu 2,4 mil horas para disciplinas obrigatórias e 600 horas para os itinerários. Esse foi um dos pontos mais defendidos pelo Ministério da Educação durante a tramitação do texto entre os deputados.

O debate do tema já está na pauta de votação da Comissão de Educação do Senado. Depois disso, ainda vai ao plenário e, se as mudanças forem aprovadas, terá que voltar à Câmara.

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