Rafaela Silva se põe em suspensão voluntária e não disputará competições
Judoca foi flagrada após exame antidoping constatar uso de medicamento
Foto: Wander Roberto/COB/Divulgação
A medalhista olímpica Rafaela Silva se colocou em suspensão voluntária pelo resultado analítico adverso para Fenoterol. A judoca foi examinada no dia 9 de agosto deste ano, durante os Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru. Ela está impedida de competir desde o dia 25 de outubro. Com isso, ela está fora da disputa de competições oficiais.
Como a suspensão provisória neste caso não é automática, já que a medalhista foi flagrada com uma substância especificada pela Agência Mundial Antidoping (Wada). A decisão final será concedida pela Federação Internacional de Judo.
Rafaela afirma ser inocente e perdeu a medalha de ouro conquistada no evento continental, na categoria até 57 kg. A defesa apresentará a tese em audiência ainda sem data agendada e espera demonstrar que a atleta não é culpada. Caso isso aconteça, ela poderá retornar a luta para recuperar o título.
A suspensão para Fenoterol varia entre uma advertência de até dois anos, caso seja comprovada a ausência de intenção, mas com algum grau de negligência. Isto poderia ocasionar na ausência dela dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Se for definido que houve intenção, o gancho é de quatro anos. A substância que consta no exame do exame da judoca é comum em remédios para doenças respiratórias. Rafaela afirma tê-la inalado cinco dias antes de ser testada, após brincar com uma criança de sete meses, que toma medicamentos para asma.
Ainda não se sabe se Rafaela perderá o bronze conquistado no Mundial de Judô, disputado em Tóquio, no Japão, no final de novembro. Ela também competiu na disputa por equipes, onde o Brasil levou o bronze. Na ocasião, ela realizou novo exame e não constou resultado analítico adverso.