Região Metropolitana de Salvador tem a maior inflação em 19 anos, aponta IBGE
Grupos alimentação e bebidas (1,45%) e transportes (1,04%) foram os que mais puxaram para cima a prévia da inflação de dezembro
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Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta terça-feira (11), mostram que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 1,04% na Região Metropolitana de Salvador (RMS) em dezembro de 2021. O resultado foi inferior ao registrado no mês de novembro do mesmo ano (1,42%), mas ficou acima do índice calculado em dezembro de 2020 (0,92%).
Em dezembro do ano passado, o índice na RMS foi o terceiro maior das 16 áreas pesquisadas no país, inferior apenas ao registrado no município de Rio Branco (1,18%) e na Região Metropolitana de Recife (1,05), ficando acima do registrado no país como um todo (0,73%). Com o resultado do mês, o IPCA da RMS fechou o ano de 2021 em 10,78%, ficando acima da média nacional (10,06%), e sendo a maior inflação para um ano na RMS em 19 anos, desde 2002 (14,12%).
Segundo os dados, as maiores inflações no ano foram em Curitiba (12,73%), Vitória (11,50%) e Rio Branco (11,43%). No outro extremo, o IPCA do ano foi menor em Belém (8,10%), Rio de Janeiro (8,58%) e Brasília (9,34%).
Região Metropolitana de Salvador
Em relação a dezembro do ano passado, o IBGE aponta que o IPCA na Região Metropolitana de Salvador foi resultado de aumentos nos preços médios de todos os nove grupos de produtos e serviços que formam o índice. Os grupos alimentação e bebidas (1,45%) e transportes (1,04%) foram os que mais puxaram para cima a prévia da inflação do mês na RMS.
Em relação à alimentação, o aumento dos gastos com a alimentação no domicílio (1,63%), em especial com frutas (8,02%) e carnes (1,66%), foi a principal pressão inflacionária no mês. Porém, dentre os itens do grupo, o que apresentou o maior aumento e foi o maior fator para o aumento da inflação foi a cebola (38,23%).
Por sua vez, o aumento mensal dos transportes se deu especialmente pela alta no transporte público (2,85%), que por sua vez foi puxada pelo valor da passagem aérea (13,24%). O grupo que a apresentou o maior aumento absoluto, apesar de influenciar menos no aumento da inflação foi o de vestuário (3,12%), que apresentou aumento tanto na roupa masculina (3,78%), quanto na roupa feminina (3,57%) e nos calçados e acessórios (2,37%).