Região Nordeste tem o menor salário médio do Brasil, aponta IBGE

O Nordeste é a região do país com os menores salários médios do Brasil. É o que indica um novo estudo divulgado, nesta quinta-feira (20), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2022, o trabalhador nordestino recebeu, em média, R$ 2.809,16 por mês, enquanto a média nacional foi de R$ 3.542,19 — uma diferença de 26,1%.Outras duas regiões registraram médias menores que a do país: Norte, com salário médio de R$ 3.274,07, e Sul, com R$ 3.382,09.

Por outro lado, a região Centro-Oeste foi a que teve o maior salário médio registrado na pesquisa, com R$ 3.941,54, seguida pelo Sudeste, que registrou uma média de R$ 3.841,47.

O levantamento realizado pelo IBGE foi feito com base no Cadastro Central de Empresas (CEMPRE), responsável por reunir dados de empresas e seus empregados, incluindo salários. Vale ressaltar que os dados não incluem empresários enquadrados como Microempreendedor Individual - MEI.

Mulheres no mercado de trabalho

Ainda de acordo com o levantamento divulgado pelo IBGE, as mulheres brasileiras receberam salários menores que os homens em empresas de 82% das principais áreas de atuação no Brasil em 2022. O salário médio delas ficou em R$ 3.241,18 em 2022, valor 17% menor do que o dos homens, de R$ 3.791,58.

De acordo com a pesquisa, a média salarial das mulheres somente ficou igual ou maior do que a dos homens em 63 das 357 áreas de atuação com números disponíveis para análise — o equivalente a 18%.

A área onde houve a maior disparidade salarial entre homens e mulheres foi a fabricação de mídias virgens, magnéticas e ópticas. Em 2022, os homens dessa área tiveram um salário médio mensal de R$ 7.509,33, enquanto as mulheres receberam em média R$ 1.834,09 no mesmo período, o que representa uma diferença salarial 309,4% menor para as mulheres.

Na área de organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais, as mulheres tiveram um salário médio mensal de R$ 9.018,70, enquanto os homens receberam em média R$ 4.717,09. Isso representa uma diferença onde o salário médio das mulheres foi 47,7% maior que o dos homens nessa área específica.

Escolaridade

O IBGE apontou ainda que 76,6% das pessoas ocupadas assalariadas em 2022 não possuíam ensino superior, enquanto 23,4% tinham.

Os trabalhadores que possuíam maior escolaridade receberam, em média, R$ 7.094,17 por mês. Já os trabalhadores que não tinham nível superior receberam R$ 2.441,16, cerca de três vezes menos.