Relator da CPI do MST afirma que já há informações suficientes para o parecer final
Salles menciona que a comissão não precisa ser prorrogada e destaca a "indústria de invasão de terra" como uma das constatações
Foto: José Cruz/Agência Brasil
O deputado federal Ricardo Salles, relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), declarou que a comissão já dispõe de informações suficientes para compor um parecer final. Ele enfatizou que cerca de 98% das questões necessárias para tal finalidade já foram coletadas ao longo dos trabalhos da CPI.
Salles explicou que a CPI passou por um período de inatividade devido a recessos legislativos e outras pautas da Câmara dos Deputados, o que resultou em um mês sem atividades. Contudo, ele acredita que não é necessário prorrogar a CPI do MST.
O relator destacou que a comissão expôs uma "indústria de invasão de terra no Brasil". Segundo a investigação, líderes dos movimentos utilizaram liberações de terras e autoridade dentro dos assentamentos para obter ganhos políticos e econômicos.
A CPI do MST foi iniciada em 18 de maio e tem um prazo de 120 dias, que se encerrará em 14 de setembro. Caso haja prorrogação, a comissão poderá atuar por mais 60 dias. A base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prepara um relatório alternativo para apresentar como contraponto ao documento do relator.