Relatório da Abert aponta que agressões físicas a jornalistas cresceram quase 40% em 2022
Pesquisa aponta que no ano passado, ocorreram 137 casos de violência que envolveram ao menos 212 profissionais
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De acordo com o relatório da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), as agressões físicas a jornalistas cresceram 38,24% no Brasil em 2022. A pesquisa aponta que no ano passado, ocorreram 137 casos de violência que envolveram ao menos 212 profissionais e veículos de comunicação. Ao todo, foram 47 casos e 74 vítimas de agressões como socos, chutes e empurrões.
Os profissionais da imprensa também foram alvos de ofensas, intimidações e ameaças, além de registros de vandalismo e importunação sexual. A maioria dos ataques ocorreu nos dias seguintes ao segundo turno das eleições presidenciais do ano passado, durante a cobertura de atos golpistas pelo país questionando o resultado das urnas.
O relatório ainda afirma que o Brasil está entre os países da América com mais riscos para os profissionais de imprensa. Desde 2003, 42 jornalistas foram assassinados no país. A maior parte fazia reportagens investigativas.
Os ataques e discursos de ódio à imprensa também estão presentes no mundo virtual. Foram 3,6 mil por dia ou 150 por hora, mais de 1,32 milhão de postagens em diversas plataformas.
Segundo a Abert, isso representa uma queda de 6% em relação ao ano anterior, mas os números ainda preocupam. O relatório afirma ainda que as postagens foram impulsionados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados.