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Relatório da ONU aponta repressão e violações de direitos humanos na Venezuela

Investigação independente denuncia tortura e prisões como parte da estratégia do governo Maduro

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Relatório da ONU aponta repressão e violações de direitos humanos na Venezuela

Foto: ONU News

A violência contra opositores do governo venezuelano atingiu níveis inéditos, de acordo com um relatório de direitos humanos divulgado nesta terça-feira (17). O documento detalha a utilização de prisões arbitrárias, abuso sexual e tortura como ferramentas usadas pelo governo de Nicolás Maduro para permanecer no controle. 

A investigação, realizada por especialistas designados pelo Conselho de Direitos Humanos, mostra que as forças de segurança invadiram residências de críticos do governo, usando vídeos das redes sociais como justificativa para as detenções.

De acordo com a Missão Internacional Independente, que recolheu depoimentos antes e após a eleição presidencial de julho de 2024, a situação na Venezuela representa uma das mais graves crises de direitos humanos recentes. A presidente da investigação, Marta Valiñas, afirmou que não houve qualquer avanço na proteção dos direitos humanos, com a repressão estatal se intensificando.

Após a reeleição de Maduro, manifestações em todo o país resultaram em 25 mortes, conforme confirmado pelo relatório. A maioria das vítimas era jovem e residente em áreas de baixa renda. O documento destaca que, além de mortes por armas de fogo, uma pessoa foi espancada até a morte.

Entre setembro de 2023 e agosto de 2024, o relatório constata uma deterioração no Estado de Direito na Venezuela, com o poder público desconsiderando princípios básicos de justiça e legalidade, deixando os cidadãos vulneráveis a abusos de poder.

O membro da missão, Francisco Cox Vial, informou que mais de 40 invasões a domicílios foram realizadas sem mandado judicial, com base em vídeos publicados nas redes sociais. Mais de 120 prisões ocorreram durante a campanha da oposição, e após as eleições, mais de 2 mil manifestantes foram detidos, incluindo crianças e pessoas com deficiência, acusadas de terrorismo.

A missão também destacou a prática de tortura e tratamento cruel, como choques elétricos e espancamentos, além de abusos sexuais cometidos contra detidos, incluindo mulheres e crianças. Entre os presos, estavam 66 líderes de partidos opositores.

Cox Vial concluiu que as violações documentadas indicam uma ação deliberada do governo em perseguir adversários políticos, possivelmente configurando crimes contra a humanidade.

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