Responsável por plano de atentado contra Moro e vigiar Lira é morto na Penitenciária pelo PCC
O Rê, integrante da Sintonia Final dos 14, também foi morto na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau
Foto: Reprodução
O homem que havia coordenado o plano para um atentado contra o senador Sérgio Moro, Janeferson Aparecido Mariano Gomes, o Nefo, foi morto na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Nefo era integrante da chamada Sintonia Restrita, tinha sido preso em 22 de março de 2023 durante a Operação Sequaz, que desmantelou o grupo que planejava o crime.
Integrante da Sintonia Final dos 14, grupo responsável pelas ordens aos faccionados em liberdade, também foi morto. Reginaldo Oliveira de Souza, o Rê, também foi preso na Operação Sequaz. Ele era um conhecido assaltante de bancos, com uma ficha criminal marcada por ações violentas. Uma videoconferência de Nefo e Rê, a qual foram decididos detalhes do crime do ataque a Moro, foi interceptada por federais. Ambos os criminosos foram assassinados durante o banho de sol no presídio.
Segundo as investigações, o crime foi cometido por determinação do comando do PCC, mas ainda não há confirmação sobre a motivação do delito. A principal hipótese é um acerto de contas dentro da facção, em razão do fracasso do plano de resgate de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e dos atentados contra autoridades planejados pelo PCC. Nefo, era suspeito de "falar demais".
Nefo também arrumou uma casa perto da residência da família do senador e uma sala comercial ao lado do escritório político de Moro, em Curitiba. Os bandidos fotografaram o cotidiano do casal e de seus filhos. Os celulares apreendidos com o grupo de Nefo, tinham imagens, com comentários, capturadas na internet do dia 29 de novembro de 2022 feitas pelos criminosos que compunham a célula "Restrita" do PCC. O plano foi descoberto pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo, que repassou as informações à Polícia Federal.
Os atentados contra autoridades e o promotor eram o chamado de Plano B na facção, porque o Plano A, o objetivo principal dos bandidos, era o resgate de Marcola, líder da facção.