Retorno oficial do PP à base do governo Jerônimo Rodrigues enfrenta entraves; entenda
Cúpula do partido considera exigências do governo difíceis de atender
Foto: Wuiga Rubini/GOVBA
O retorno do PP à base do governo Jerônimo Rodrigues (PT) enfrenta entraves, apesar da adesão da maioria dos deputados estaduais. Segundo a coluna de Jairo Costa, no Metro1, as negociações não avançaram porque o governador exige o apoio unificado dos seis deputados estaduais, dos quatro federais, do maior número possível dos 41 prefeitos eleitos pelo partido e a adesão dos cinco vereadores da sigla em Salvador à bancada de oposição ao prefeito Bruno Reis (União Brasil) na Câmara Municipal.
A cúpula do PP na Bahia, no entanto, considera essa exigência difícil de ser atendida.
"Atender dois ou três desses itens, talvez seja possível, mas todos será impossível. Em especial, o rompimento com Bruno. Não que isso nunca possa acontecer, mas, nas condições atuais, não há chance de prosperar", afirmou um dirigente do partido.
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Outro entrave ao acordo envolve o espaço que o PP teria ao retornar à base governista. Entre os cargos cobiçados, o partido mira o comando de órgãos estratégicos, como o Detran, que já comandou durante dois governos do hoje senador Jaques Wagner (PT), mas foi repassado ao Podemos e atualmente é liderado por Rodrigo Pimentel, um técnico ligado ao ministro da Casa Civil, Rui Costa.
O PP, no entanto, quer o Detran de "porteira fechada", exigência que esbarra na resistência de Jerônimo em ceder o controle total do órgão como condição para a reaproximação. A relação entre PT e PP foi rompida meses antes da eleição de 2022, quando o então vice-governador João Leão, à época presidente estadual da sigla, aderiu à oposição.