Reverter perdas educacionais da pandemia
Confira o nosso editorial desta terça-feira (22)
Foto: Reprodução
O ano de 2022 é essencial para reverter as perdas que ocorreram na educação durante a pandemia. Esta é a constatação, em forma de alerta, de senadores e debatedores durante encontro no Congresso a partir do tema Busca ativa: toda criança na escola.
Neste momento de retomada, aliás, é fundamental que parlamentares se voltem a questões – principalmente – de financiamento ao setor.
De acordo com relatório divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em janeiro, lido no encontro, durante a pandemia, em média, os alunos aprenderam apenas 28% do que teriam aprendido nas aulas presenciais e o risco de desistência aumentou mais de três vezes.
No entanto, certamente o que mais preocupa é a perspectiva de que 10% dos alunos que abandonaram as aulas devido à pandemia jamais voltarão às escolas.
Este indicativo já é sentido na educação nacional. A queda no número de matrículas com relação ao ano anterior foi de 1,3%. No total, 1,4 milhão de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos não estavam matriculadas na escola em 2021, número superior ao de antes da pandemia, em 2019, de 1,1 milhão.
Para reverter esse quadro, é preciso esforço conjunto e contínuo do Planalto, Congresso e sociedade — civil e organizada — em diversas ações, como busca ativa escolar, sistema de alerta preventivo e acompanhamento personalizado da aprendizagem.