Rio de Janeiro proíbe o uso de celulares nas escolas
Proibição acontece após uma consulta pública em que 83% dos respondentes concordaram com a restrição
Foto: Fábio Queiroz/ Agência AL
Um decreto do prefeito Eduardo Paes (PSD) publicado no Diário Oficial da última sexta-feira (2) proíbe o uso de celulares e outros dispositivos tecnológicos na rede pública municipal do Rio de Janeiro. A proibição vale tanto dentro da sala, quanto fora, ou seja, a utilização dos dispositivos vedada nos nos intervalos e recreio.
“Os celulares e demais dispositivos eletrônicos deverão ser guardados na mochila ou bolsa do próprio aluno, desligado ou ligado em modo silencioso e sem vibração”, afirma o decreto.
Ao longo do mês de fevereiro, haverá ações de conscientização nas escolas, permitindo que os alunos possam se adequar às novas regras, que começam a valer a partir de março.
“A gente não é contra o uso de tecnologia na educação, mas ela precisa ser usada de forma consciente e responsável. Do contrário, em vez de uma aliada, ela pode se tornar uma vilã do processo educacional”, afirmou o secretário de Educação, Renan Ferreirinha.
O uso dos equipamentos será liberado fora da sala, apenas, antes do início da primeira ou após o fim da última aula do dia; em caso de ser autorizado pelo professor para fins pedagógicos, ou da direção da escola por motivo de força maior; para alunos com deficiência ou condições de saúde específicas; durante os intervalos quando a cidade estiver classificada a partir do Estágio Operacional 3, comunicado pelo Centro de Operações Rio.
A proibição foi determinada após uma consulta pública feita pela Secretária de Educação entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024. Com mais de 10 mil respostas, o levantamento constatou que 83% são favoráveis à proibição do uso do aparelho, 11% parcialmente favoráveis e 6% contrárias.
De acordo com a Secretária Municipal de Educação, a decisão foi tomada também, baseada em diversos estudos que indicam que o uso inadequado ou excessivo dos dispositivos tecnológicos têm impacto negativo para os alunos no ambiente escolar.
Se o aluno descumprir o decreto, o professor pode adverti-lo ou cercear o uso dos dispositivos eletrônicos em sala de aula, bem como acionar a equipe gestora da unidade escolar.