Ronnie Lessa é expulso da PM quatro anos após morte de Marielle Franco
Réu pela morte da vereadora, sargento reformado recebeu R$ 136 mil em salários enquanto preso
Foto: Reprodução/TV Globo
O sargento reformado Ronnie Lessa, réu pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrida em 2018, foi expulso da Polícia Militar do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (8). Ele foi preso em março de 2019, e recebeu o salário de R$ 8 mil mensais até outubro de 2020, quando a Justiça fluminense determinou o bloqueio do salário.
O Ministério Público do Rio apontou, nas investigações, que Lessa tinha patrimônio incompatível com a renda de sargento PM e vivia uma vida de luxo, com imóveis e lanchas.
Lessa foi expulso da PM no âmbito de um processo disciplinar aberto dois anos e sete meses após sua prisão por envolvimento na morte de Marielle – quando a Justiça o condenou por ocultar armas envolvidas no duplo homicídio de 2019. O processo por envolvimento no crime foi suspenso até a decisão final.
Em um texto padrão, usado pela PM em casos de expulsão dos seus quadros, o Conselho que o expulsou diz que “as aludidas condutas caracterizam desapreço ao serviço policial militar e aos camaradas de farda, maculando irreparavelmente a imagem da Corporação e a ética”.
